Cachorro-Quente, um dos negócios mais procurados para renda extra ou até mesmo como primeiro negócio, e por isso é muito comum ver inúmeros carrinhos espalhados em locais de eventos, praças ou ruas de bairro.
Eu e minha família somos fãs de lanches nos finais de semana e cachorro quente é o mais comum quando não estamos disposto a passar muito tempo fora de casa.
Recentemente, um casal jovem montou seu primeiro negócio na porta de casa, claro que optarão por cachorro quente. A casa é bem localizada, pois fica em uma esquina muito movimentada, na intercessão da entrada do bairro com a rua principal, ao lado de duas igrejas grandes e movimentadas, em um local muito residencial, outras opções estão distantes. Claro pensaram ser a grande ideia, e seria se tivesse feito um plano de negócio e observado alguns detalhes.
Primeiro erro: o rapaz, proprietário do cachorro quente possuía uma fiorino, estas com bagageiro fechado e estacionava exatamente em frente ao seu carrinho de cachorro quente, desta forma, perdeu todo efeito que o ponto privilegiado lhe dava, pois o carro impedia totalmente a visibilidade do seu negócio.
Segundo erro: não é atoa que este tipo de lanche rápido não vende por cartão, eles não levaram em consideração a Taxa de administração, o percentual pago por operação e ainda, o principal problema, fluxo de pagamento. Em média, os recebimentos em cartão são liberados para saque dentro de 45 dias após a venda, conforme o fluxo fechando com a operadora, caso precise do dinheiro antes deste prazo pagará uma salgada taxa de aproximadamente 10%. Bom, não pensaram nisso e faltou folego financeiro.
Terceiro erro: para criar um diferencial ofereciam um copo coca-cola grátis para acompanhar, pois observaram que no mercado quando ofereciam, eram apenas refrigerantes de segunda linha. Bom a questão é que, por falta de plano de negócio, eles compravam o refrigerante no varejo, em média pagavam R$ 6,00 na garrava de 3litros, mas não tinham dinheiro para comprar a quantidade necessária, e o refrigerante acabava no meio expediente, forçando eles a comprar novamente para atender seu público, porém agora com supermercado fechado compravam em um “boteco” no bairro por R$ 10,00, e não percebiam que o lucro era consumido.
Quarto e pior erro: a teimosia, talvez por excesso de vaidade, ao comer lá um dia vi um cliente falando sobre o carro, e um determinado dia, por ele sentar ao meu lado e puxar um papo tomei a liberdade de perguntar como faziam com fluxo de caixa para ter folego de atender com cartão e sobre a possibilidade de manter o carro na porta a resposta era que estava tudo sobre controle e que não concordava que o carro prejudica o negócio, pois havia uma faixa para informar as pessoas, na verdade só nesta hora percebi que existia a tal faixa, e olha que passo lá pelo menos 6 vezes ao dia, pois está no meu caminho.
RESULTADO? quebraram com menos de 3 meses, não tiveram dinheiro para comprar os insumos para fazer seus produtos e ao receberem da operadora, fizeram as contas e estavam com muito menos dinheiro que quando começaram, sem folego financeiro passaram o negócio para o Tio que já resolveu o primeiro problema, o segundo ainda não e o terceiro, ao perguntar para ele falou que está providenciando a maquininha de cartão… bom vou acompanhar, não quero que quebrem pois é a opção mais próxima da minha casa.
Até Breve